DESTAQUES DO DIA

Por 18 votos, Câmara de Maringá aprova isenção de IPTU para terreno da Cocamar por 10 anos

Por 18 votos, Câmara de Maringá aprova isenção de IPTU para terreno da Cocamar por 10 anos

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Por 18 votos a 1, a Câmara de Maringá aprovou em segunda discussão, na sessão extraordinária desta quarta-feira (17), o projeto da Prefeitura que prevê a isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para a Cocamar, durante um período de 10 anos. O texto já havia sido votado e aprovado em primeira discussão na terça (16), também em sessão extraordinária.

A isenção é direcionada a um terreno registrado no nome da cooperativa e que ainda não tem nenhuma construção. Lá, a Cocamar deverá instalar uma nova Indústria de Esmagamento de soja. O empreendimento, que terá capacidade de processamento de até 5 mil toneladas de grãos ao dia, teve investimento estimado de R$ 1,5 bilhão e deverá ser inaugurada em 2027, de acordo com um material institucional da empresa.

Nas duas votações, o único voto contrário foi de Professora Ana Lúcia (PDT). Mário Verri (PT), embora presente, não votou no projeto nesta quarta (17). De acordo com o texto, a cooperativa também ficaria isenta de Imposto Sobre Serviços (ISS) no período de execução da obra. A isenção será de 100% para a contratação de prestadores de serviço de Maringá e de 50% para contratações de outros municípios.

Na Mensagem de Lei encaminhada aos vereadores, a Prefeitura afirma que a isenção dos tributos, visa, justamente, viabilizar a conclusão da esmagadora de grãos. Conforme o Executivo, o empreendimento tem capacidade de gerar “impactos positivos na geração de empregos diretos e indiretos, ampliação da capacidade produtiva local e fortalecimento da cadeia agroindustrial regional”.

O Maringá Post procurou a cooperativa para comentar o assunto. Por meio de nota oficial enviada para a reportagem, a cooperativa afirmou que a obra pode gerar até 1,5 mil empregos de forma direta e indireta. Leia abaixo:

O texto enviado à Câmara não informa quanto a cidade deixará de arrecadar em IPTU com a isenção. O Maringá Post questionou o dado para a Prefeitura, mas não teve retorno.

Em nota enviada para a reportagem, o município informou que “a isenção dos impostos é garantida por meio do Programa de Desenvolvimento de Maringá (Prodem), que visa incentivar a expansão de empreendimentos e atrair novos investimentos para o município, gerando empregos e contribuindo para o crescimento da economia local”. No mesmo comunicado, o Executivo diz que o projeto “poderá resultar em mais de R$ 2,47 milhões adicionais por ano em receitas de ICMS para a Prefeitura de Maringá, a partir do exercício de 2028”.