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Empresas acreditam mais em si do que em melhora do cenário econômico do país, mostra estudo do IBEF-PR

Empresas acreditam mais em si do que em melhora do cenário econômico do país, mostra estudo do IBEF-PR

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Mesmo diante de um ambiente macroeconômico percebido como adverso, os executivos financeiros do Paraná demonstram confiança no desempenho de suas próprias organizações. É o que revela a edição 2025 da Pesquisa de Sondagem do Índice de Confiança dos Executivos de Finanças do Paraná, realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF-PR), em parceria com o Datacenso.

Os dados mostram que 81% dos CFOs, diretores financeiros e executivos ouvidos consideram que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses, o maior índice de percepção negativa registrado nas três últimas edições do levantamento. Em contraste, quando analisam o futuro de seus próprios negócios, 41% dos respondentes demonstram expectativa positiva quanto ao desempenho das empresas nos próximos 12 meses.

A aparente contradição revela um movimento cada vez mais frequente entre lideranças financeiras: a separação clara entre os riscos do ambiente macroeconômico e a gestão interna das organizações. Mesmo em um contexto de instabilidade e incertezas fiscais, os executivos seguem confiantes em estratégias voltadas à eficiência operacional, controle financeiro e inovação.

“O executivo financeiro está mais consciente dos desafios do cenário econômico nacional, mas isso não impede a tomada de decisões estratégicas dentro das empresas”, afirma Carlos Peres, presidente do IBEF Paraná. “O dado mostra maturidade na gestão. As lideranças entendem que não controlam o ambiente macro, mas têm domínio sobre seus processos, investimentos e planejamento. Essa confiança no desempenho dos próprios negócios é fundamental para sustentar a competitividade em momentos de maior volatilidade”, completa o presidente.

A pesquisa ouviu executivos paranaenses, sendo que 86% ocupam cargos de alta liderança, como CEOs, sócios-fundadores e CFOs, em empresas majoritariamente consolidadas, com mais de dez anos de atuação no mercado.

Para o Datacenso, responsável técnico pelo estudo, o resultado reflete uma mudança no comportamento do executivo financeiro brasileiro. “Não se trata de um otimismo ingênuo, mas de uma postura mais analítica e pragmática”, explica Cláudio Shimoyama, CEO do Datacenso.