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Sociedade Rural de Maringá completa 45 anos de história

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A Sociedade Rural de Maringá (SRM) completa 45 anos de história nesta quarta-feira (17), com a missão de representar e fomentar o agronegócio.

Para celebrar o aniversário, fundadores, familiares e associados visitaram a Exposição de Memórias da SRM, instalada no Agromuseu, e participaram do descerramento de uma placa em homenagem aos diretores que compuseram a primeira gestão.

Criada em 1979, com incentivo do então prefeito João Paulino Vieira Filho, a entidade nasceu com a responsabilidade de administrar o Parque de Exposições e gerir a Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá), à época sob gestão da Prefeitura.

Embora um grande entusiasta da feira agropecuária, João Paulino não via como função do município organizar o evento, que mobilizava inúmeros servidores de várias secretarias a cada ano.

Foi assim que, em 1979, em seu segundo mandato, nasceu a ideia de fundar uma entidade específica para isso. A fundação se deu durante uma reunião no Banco Itaú, cujo gerente era Francisco Rodrigues Dias. O primeiro presidente, com mandato de dois anos, foi Joaquim Romero Fontes, forte nome do Agronegócio, proprietário de várias fazendas no Paraná e em outros locais do Brasil.

SRM

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Foto: Ivan Amorin

A Sociedade Rural de Maringá é uma associação civil sem fim lucrativos, formada por pessoas ou entidades diretamente relacionadas às atividades agrícolas, pecuárias e agroindustriais; que carrega em sua trajetória o trabalho dedicado de várias diretorias, visando sempre à defesa dos direitos, interesses e aspirações do setor e de seus associados.

A primeira diretoria da SRM conta com nomes que fazem parte até hoje do quadro de associados, como Ary Aladino Cândido, Francisco Feio Ribeiro Filho, Edi Vieira e Mauro Santos Jorge.

Ao longo de sua existência, inúmeras gestões, todas compostas por pessoas de expressiva representatividade no agronegócio, voluntariamente dedicaram parte de suas vidas à estruturação do Parque de Exposições de Maringá, ao fortalecimento da SRM, à consolidação da Expoingá e à valorização da cidade no contexto do agronegócio nacional.

Primeira mulher presidente

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Foto: Ivan Amorin

A presidência atual conta com a primeira mulher do Brasil no cargo máximo executivo de uma entidade do gênero. Atualmente, o quadro de sócios reúne pessoas físicas e jurídicas que contam com profissionais, produtores e entidades diretamente relacionadas as atividades do agronegócio.

Para a atual presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, a SRM é referência na difusão das principais tecnologias do setor, e se consolida como uma importante promotora de eventos e serviços, gerando oportunidades de negócios. “É um momento de gratidão. Só temos a agradecer por todos os sócios da Sociedade Rural, os que começaram e aos que deram sequência, que trilharam este caminho de sucesso com muito trabalho e dedicação, deixando um legado para Maringá e região”.

Palavras dos fundadores

“Naquela época, Maringá tinha um envolvimento muito grande dos pecuaristas, das pessoas que produziam e queriam ver o crescimento da cidade. Havia sempre a vontade e o interesse de crescer cada vez mais. A gente se entusiasmava muito com a Expoingá, que trazia pessoas de toda a região. Nossos filhos cresceram aqui, aprenderam a amar os animais e a se interessar pelo progresso. Valeu muito a pena”.

“Foi um marco importante para a união e reunião dos agropecuaristas de Maringá e região, porque estavam meio desgarrados, espalhados por aí e a Sociedade Rural uniu estas pessoas e fortaleceu a atividade rural em Maringá. Foi algo indescritível participar deste momento. Que as futuras gerações continuem cuidando deste espaço físico e do legado que a Sociedade Rural tem deixado”.

“Eu fui criado na roça e ter a oportunidade de entrar para a entidade foi muito importante, participei ativamente, cresci na pecuária, vivenciei a Rural desde os primeiros leilões. Foi uma escola para mim e eu me fortaleci como produtor estando aqui, fora os amigos que eu fiz aqui. A exposição sempre foi de alto nível. Eu vibro com todas as ações”.

“Nós fundamos a Sociedade Rural com a intenção de não deixar ela acabar. Nosso objetivo sempre foi cuidar da melhor forma do parque e da feira. Nas primeiras edições, a exposição era voltada para a pecuária, depois que fomos agregando. Tudo que a gente via de diferente, trazia para cá; daí as indústrias começaram a vir também. A cidade cresceu e nós fomos crescendo”.

“Isso aqui faz parte da minha vida, sempre fui um apaixonado pela pecuária e aqui formamos uma família, algo que enalteceu minha vida, fez parte de tudo alegre e bom que eu tive na vida. Lutamos muito para que tudo isso acontecesse. Que mais jovens se envolvam e deem continuidade ao que construímos até aqui”.

“Participei da primeira Diretoria em 1979, acompanhei toda essa trajetória. Para mim é motivo de muita satisfação fazer parte desta história. No início tudo era muito pequeno, sem muita estrutura e hoje somos referência. É um orgulho”.

“Quando a gente conseguiu reunir 50 pecuaristas foi uma glória, porque era difícil reunir tantos. O altruísmo do seu Joaquim Romero era fantástico, porque ele falava e fazia. Não tinha asfalto, os barracões todos caindo, não tinha cerca ao redor do parque. Um legado que se deixa pra Maringá, não é qualquer cidade que tem um parque deste. Isso aqui é um patrimônio histórico. Iniciamos só com pecuaristas, depois vieram os produtores e hoje estamos gigantes”.

  • Raimundo do Prado Vermelho

“Com a criação, a Sociedade Rural foi somando lideranças, pessoas fantásticas que se uniram e resolveram montar esta entidade, hoje tão importante para nós. Temos que nos manter congregados em uma entidade como esta”.