O trecho do Rio Tapajós, entre as cidades de Itaituba e Santarém, no Pará, está em situação de escassez de recursos hídricos. A medida foi aprovada, nesta segunda-feira, pela Diretoria Colegiada da Ana, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, e vale até o dia 30 de novembro. O objetivo, segundo a Agência, é aumentar a segurança hídrica da região e diminuir os impactos dos baixos níveis dos rios para as atividades que fazem uso da água.
A Ana informou que a bacia do rio Tapajós recebeu chuvas abaixo da média no período de outubro de 2023 a agosto de 2024 e essa tendência continua no atual período de seca. A situação afetou os níveis do rio, especialmente no trecho entre Itaituba e Santarém, onde as vazões estão abaixo dos mínimos observados no histórico. Atividades como a navegação e as estruturas de captação da água foram afetadas, porque precisam de níveis adequados do rio para funcionar. Ainda de acordo com a Agência, os cenários de chuvas para este ano apontam para a possibilidade de níveis ainda mais críticos em setembro e outubro.
O desenvolvimento social e econômico da Região Amazônica depende do transporte aquaviário, principalmente na Hidrovia do Baixo Tapajós. Além de possibilitar o escoamento de cargas, os rios são as principais vias de acesso para muitas comunidades.
A Agência destacou que a declaração também é um alerta para população sobre a gravidade da seca na região, permitindo que instituições gestoras e usuários dos recursos hídricos no rio Tapajós adotem medidas para reduzir os impactos dessa situação.