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A produção total de grãos no Brasil para a safra 2023/2024 está estimada em 298,6 milhões de toneladas, de acordo com o 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (13). Essa estimativa representa uma queda de 6,6% (ou 21,2 milhões de toneladas) em relação à safra anterior (2022/2023). Apesar dessa redução, a safra prevista será a segunda maior já colhida no país.
A diminuição na produção é atribuída principalmente à perda na produtividade das lavouras, causada por adversidades climáticas. Segundo o levantamento, áreas com redução de chuvas e inundações devido ao excesso de precipitação afetaram o desenvolvimento das plantas, reduzindo a produtividade.
A área cultivada aumentou em 1,5%, com um acréscimo de 1,18 milhão de hectares em relação à safra passada. Os maiores aumentos foram observados na soja, gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. No entanto, o milho teve uma redução de 1,3 milhão de hectares, com destaque para a diminuição na primeira e segunda safra devido a veranicos e pragas em alguns estados.
A produção estimada de milho é de 90,28 milhões de toneladas, e a colheita está avançada, com produtividade dentro do esperado em áreas semeadas durante a janela ideal. A produção total de milho para a safra atual é de 115,65 milhões de toneladas, representando uma queda de 12,3% em comparação com a temporada anterior.
Entre as culturas que se destacam, a produção de algodão pluma alcançará 3,64 milhões de toneladas, um recorde na série histórica da Conab, com um aumento de 14,8% devido a condições climáticas favoráveis. A produção de arroz será de 10,59 milhões de toneladas, com um aumento de 5,6%, enquanto o feijão deve totalizar 3,26 milhões de toneladas, um aumento de 7,3%.
A soja, principal grão cultivado no Brasil, deve fechar a safra com 147,38 milhões de toneladas, representando uma queda de 4,7% em relação ao ciclo anterior. O trigo, por sua vez, registrará uma redução de 11,6% na área cultivada, totalizando 3,07 milhões de hectares na Região Sul.
O levantamento da Conab destaca a necessidade de acompanhar as condições climáticas e seus impactos na produtividade das lavouras para ajustar as estimativas futuras.