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Porta de ônibus que abriu causando morte não tinha sido acionada

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A investigação para apurar as causas do acidente que matou Karen Santos, de 26 anos — após a passageira cair quando a porta para cadeirantes abriu, com o veículo em movimento, na última quinta-feira, 29, em Maringá — indicou que a porta não foi acionada durante a viagem.

Além da investigação da Delegacia de Trânsito de Maringá, a Polícia Científica e a fabricante do veículo realizam um perícia no ônibus, que não se encontra em circulação. A Cidade Verde Transporte Rodoviário também abriu uma investigação interna para entender as causas do acidente.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Karen estava no ônibus da empresa Cidade Verde, a caminho de Itambé com o marido e o filho pequeno. O casal viajava com um carrinho de bebê. Karen estava encostada na porta para cadeirante e preparava uma mamadeira para o filho quando a porta abriu de repente e ela caiu. Karen bateu a cabeça no asfalto, foi socorrida, mas morreu no hospital.

O advogado da empresa, Fabiano Moreira, diz que no dia seguinte ao acidente, engenheiros da fabricante do ônibus, que é de Cascavel, vieram a Maringá para analisar o veículo. A Cidade Verde Transporte Rodoviário também abriu uma investigação interna para entender as causas do acidente.

“A Cidade Verde, assim que teve a notícia do acidente, acabou isolando esse veículo no pátio da empresa e acionou a fabricante, que no dia seguinte encaminhou para a gente um corpo técnico composto por mecânicos e engenheiros, que foram fazer um levantamento, uma tomada de dados. Então foram feitos diversos testes, medições, eles colocaram os equipamentos para verificar a aferição dessa porta, das condições de conservação. Foram fornecidas as imagens do sistema de segurança [do veículo] para a Polícia Científica e também para a fabricante, para que eles possam então, analisando esse material, nos emitir um laudo, que possa então ser capaz de explicar as causas desse acidente. Eles ainda não nos deram resposta, nós fizemos uma notificação extrajudicial, cobrando da fabricante um laudo técnico, as explicações, as causas para que esse acidente pudesse ser explicado”, disse Fabiano Moreira.

O advogado explica que o sistema de abertura da porta para cadeirantes inclui uma trava mecânica externa e o acionamento de botão interno, pneumático.

“A abertura desta porta, que é exclusiva para o embarque e desembarque de cadeirantes, necessariamente deve ser feita do solo. Então o operador precisa descer do painel dos instrumentos, acionar uma alavanca que se localiza na parte externa do veículo, para que então a abertura ocorra. Além dessa trava mecânica que é acionada pela parte externa, há também um dispositivo pneumático, que tem acionamento no painel dos instrumentos, que ainda é uma terceira trava”, explica.

O motorista do ônibus, em depoimento, disse que não acionou o botão interno e que não destravou a tranca externa em nenhum momento para outro passageiro. Imagens mostram toda a viagem feita pelo ônibus no dia do acidente e nenhum passageiro cadeirante embarcou neste trajeto.

As imagens poderão esclarecer se do lado de fora alguém mexeu na trava de segurança. O marido de Karen aparece do lado de fora, bem em frente à porta de cadeirantes, com o carrinho de bebê, mas acaba embarcando pela porta dos fundos.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.