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O Paraná está emergindo como um polo industrial de ração para cães e gatos, impulsionado por sua produção de proteínas e grãos, infraestrutura eficiente e mercado consumidor em expansão. O Estado é agora o maior produtor de rações para animais de estimação na América Latina, com uma capacidade de produção que ultrapassa 300 mil toneladas anuais, representando cerca de 7% da produção nacional, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Nos últimos cinco anos, mais de dez indústrias do setor se instalaram no Paraná, destacando-se a fábrica da PremieRpet em Porto Amazonas. Inaugurada em 2022, essa planta representa um investimento de R$ 1,1 bilhão e possui a maior capacidade de produção de ração para pets na América Latina, com mais de 600 mil toneladas anuais. Este marco tem fortalecido a posição do Estado como um importante centro de produção no setor.
O Paraná é o maior produtor nacional de frango e o segundo maior produtor de milho, ambos ingredientes-chave na fabricação de rações. José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, ressalta que a robusta cadeia de suprimentos local contribui para a alta qualidade dos alimentos para animais. Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná, destaca que a instalação de grandes fábricas, como a da PremieRpet, estimula o surgimento de indústrias menores e aproveita a cadeia de fornecedores existente.
Além da PremieRpet, a Coamo inaugurou uma unidade em Campo Mourão com investimento de R$ 178 milhões, voltada para a verticalização da produção de milho dos cooperados. A nova planta começa com a produção de rações para diversos animais e prevê, no futuro, a fabricação de alimentos para pets.
A Abinpet projeta que o setor pet brasileiro faturará R$ 77 bilhões em 2024, com um crescimento de 12,1% em relação ao ano anterior. A industrialização de alimentos para pets representa mais da metade desse valor, com um faturamento anual de R$ 42,3 bilhões.