A ampliação da representatividade feminina em espaços de decisão, o combate às desigualdades e a promoção da autonomia econômica das mulheres. Esses temas foram debatidos, nesta terça-feira (2), segundo dia da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, encontro internacional legislativo dos países-membros do G20. A troca de experiências acontece em Maceió, Alagoas.
Marcela Guerra Castillo, deputada mexicana trouxe desde os exemplos das cotas, iniciadas nos anos 1990, até a inclusão da paridade na Constituição do México, país que elegeu no mês passado a primeira presidente mulher.
“Foi assim que incorporamos o princípio de paridade dentro da Constituição. Em 2019, uma outra reforma constitucional foi feita, para que houvesse paridade total, em todos os 3 poderes. Em todos os gabinetes, em todas as partes mulheres deveriam estar presentes”.
O debate faz parte dos temas prioritários do G20, sob presidência brasileira, com foco na promoção da justiça climática, desenvolvimento sustentável e combate às desigualdades, principalmente para meninas e mulheres.
A deputada chinesa Fu Caixiang falou sobre o crescimento da participação feminina no congresso chinês, para 26%. No Brasil, é cerca de 17%. A deputada também ressaltou a colaboração de empresas e a inclusão de minorias étnicas.
A cerimônia de abertura do P20, na segunda, contou com a presença de 300 autoridades do Mercosul, ONU, União Europeia, além de deputadas e senadoras de 26 países. Entre os representantes brasileiros, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; a segunda-secretária da Mesa Diretora da Câmara, deputada Maria do Rosário, e a coordenadora da bancada feminina, deputada Benedita da Silva.
A próxima reunião do P20 está prevista para novembro, em Brasília.