O comando da investigação sobre o desaparecimento da adolescente Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, não é mais do delegado Jonas Avelar. Ele deixou o caso ao entrar de férias. A informação foi confirmada à Banda B, nesta quarta-feira, 3, pela Polícia Civil do Paraná.
Isis está desaparecida há quase um mês. Ela sumiu no dia 6 de junho, em Tibagi, na região dos Campos Gerais do Paraná, após marcar um encontro com o vigilante Marcos Vagner de Souza, de 35 anos. O suspeito permanece preso, mas nega o crime.
Segundo a Polícia Civil, Jonas Avelar tinha férias programadas. Por isso, quem passa a coordenar a investigação é o delegado Matheus Campos Duarte.
“A Polícia Civil do Paraná (PCPR), desde o início das investigações, tem dedicado todos os recursos técnicos, tecnológicos e humanos disponíveis para elucidar o caso. Informamos que, devido ao início das férias do delegado Jonas Avelar, a presidência do inquérito policial será assumida pelo delegado Matheus Campos Duarte. O delegado Matheus já vinha atuando no caso em conjunto com o delegado Jonas e agora liderará a força-tarefa designada para este inquérito”, diz o comunicado.
Ainda, conforme a corporação, diversas unidades da Polícia Civil têm trabalhado de forma integrada e colaborativa desde o comunicado do desaparecimento.
“A força-tarefa, composta por delegados e agentes de várias unidades especializadas, está empenhada em utilizar todo o conhecimento e expertise disponíveis para a completa solução deste caso”, informou em nota.
A PC também destacou que o novo delegado não irá fornecer mais detalhes e nem conceder entrevistas sobre o caso, para não atrapalhar as investigações.
“Para garantir a integridade e a eficiência das investigações, no momento, será mantido o sigilo. A comunicação com a imprensa continuará sendo feita exclusivamente por meio de notas oficiais, evitando qualquer comprometimento do andamento das investigações”, finalizou.
O caso
Isis desapareceu no dia 6 de junho, uma quinta-feira, após contar para a irmã e uma prima que iria se encontrar com Marcos para resolver questões sobre uma gravidez. A adolescente descobriu há pouco tempo a gestação. O vigilante, casado e pai de três filhos, mantinha um relacionamento extraconjugal com a garota.
“Marcos foi a última pessoa a estar com a vítima antes do seu desaparecimento e alguns prints demonstram que ele estava muito insatisfeito com a gravidez dessa adolescente”, disse o delegado Jonas Avelar na época.
Antes de sumir, Isis enviou para a família com a localização pelo celular. A polícia informou que essa mensagem foi apagada logo depois e que na sequência o aparelho foi desligado.
Inicialmente, Marcos negou ter encontrado Isis. Depois mudou a versão, porque câmeras de segurança da cidade mostraram ele e a jovem juntos.
“Interrogado, Marcos confirmou o encontro, porém disse que só foi deixar a adolescente próximo da Avenida São José e em seguida retornou. Fato que também chamou a atenção das investigações, porque através de coleta de imagens foi possível perceber que Marcos demorou em torno de uma hora para retornar”, afirmou Avelar.
Com a quebra de sigilo telemático, foi possível verificar que o celular de Isis emitiu sinal pela última vez em Telêmaco Borba, próximo a uma estrada chamada Mandaçaia. De acordo com o delegado, Marcos esteve nessa região de mata duas vezes depois do sumiço da adolescente.
O Corpo de Bombeiros fez buscas nessa área, com apoio de cães farejadores e drone, mas nada encontrou.
“Um fato que chamou a atenção das investigações foi a questão de o Marcos ter ido nessa localidade nos dias 7 e 8 de junho no mesmo local em que deu a localização do aparelho celular da vítima”, detalhou o delegado.
Na casa de Marcos, a polícia apreendeu três celulares, um notebook, uma pistola calibre 380, munições e o carro realizado para o encontro com a adolescente.
A família de Isis ofereceu uma recompensa de R$ 1 mil para informações que levem até o paradeiro dela.
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