Publicado 16/03/2025 às 13h27
Uma mulher que foi resgatada após ser mantida em cárcere privado pelo próprio marido por oito anos em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, já havia tentado pedir ajuda anteriormente. Em uma das tentativas, ela deixou um bilhete em um posto de combustíveis, no qual pedia socorro: “Me ajude. Sofro muita violência em casa”.
Na época, a Polícia Militar (PM) fez diligências na região indicada pelo bilhete, mas não conseguiu localizar a mulher nem o suspeito.
Na sexta-feira (14), após enviar um e-mail para a Casa da Mulher Brasileira pedindo ajuda, a vítima finalmente conseguiu ser resgatada. A instituição acionou a PM, que foi até a residência da mulher, localizada em uma área rural de Itaperuçu. Inicialmente, a vítima negou estar em situação de violência, mas, ao ser questionada sobre o e-mail, chorou e admitiu as agressões sofridas.
O homem foi preso e a mulher foi encaminhada para receber o devido acolhimento.
Em depoimento à polícia, a vítima relatou que seus familiares estavam cientes da situação e eram coniventes com as agressões, acobertando o comportamento do marido. Ela também revelou que o homem a vigiava constantemente por meio de uma câmera de segurança instalada na porta da residência, impedindo-a de entrar em contato com outras pessoas quando ele não estava presente.
Além disso, a mulher contou que não tinha acesso a um celular, utilizando apenas um aparelho compartilhado com o suspeito, e que foi amarrada e asfixiada em diversas ocasiões. A Polícia Civil segue investigando o caso.
