A mancha de poluição na Bacia do Rio Tietê, que corta quase todo o estado de São Paulo, aumentou 47 quilômetros e saltou para 207 quilômetros, de acordo com as últimas medições, feitas este ano.
Esse número é bem superior ao observado no ano passado, quando a água imprópria atingiu 160 quilômetros; e é o pior resultado desde 2012, quando a marca chegou a 240 quilômetros. Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgados nessa quinta-feira (19).
O Rio Tietê é o maior do estado de São Paulo, e praticamente atravessa o território paulista, com seus 1.100 quilômetros de extensão.
A poluição torna a água imprópria em mais de 130 quilômetros, com situação considerada “ruim”; e em 76 quilômetros, classificada como “péssima”.
Pontos críticos
Dos seis pontos considerados mais críticos, três estão no Rio Pinheiros, afluente do Tietê que passa na capital paulista.
A ONG considera que houve melhora, tanto no aspecto quanto no cheiro do Rio Pinheiros, depois que foram feitas mais de 600 mil ligações de esgotos, pelo governo paulista, responsável pela monitoração do rio.
Na conclusão do estudo, a SOS Mata Atlântica defende que a melhor alternativa para tentar reduzir o problema da poluição do Tietê seria a criação de mais parques.
Já o governo estadual aponta que, nos últimos 18 meses avaliados pela pesquisa, foram retirados mais de 12.600 pneus das águas do rio – uma média de 11 por dia.
Esse material é levado à uma unidade de tratamento tecnológico de pneus, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde é triturado e reaproveitado como grama sintética para campos de futsal, e também como mistura para o asfalto, de programas de recapeamento de vias.