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Empresários de Maringá denunciam ao CRM atestados médicos com indícios de fraude

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Empresários de Maringá estão de olho na veracidade de atestados médicos apresentados pelos funcionários. Em casos de suspeita de fraude, as empresas se queixam ao Conselho Regional de Medicina. Mas há casos que vão parar na delegacia. Um tema recorrente em debate na Associação Comercial e Empresarial de Maringá.

Foi o que constatou o empresário Ariovaldo Costa Paulo. Num dos casos que o departamento de recursos humanos da empresa apurou, o funcionário tinha apresentado quatro atestados de um mesmo médico, mas com assinaturas diferentes.

Em outro caso, o médico negou que tivesse assinado o atestado e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. O funcionário foi demitido por justa causa.

“Nós temos uma proprática na empresa, fazer uma consulta rápida ao médico ou ao hospital ou à clínica, se o funcionário esteve na clínica ou não. Por exemplo, nós temos em nossa empresa quatro atestados de um mesmo médico com assenturas diferentes. Nós temos um colaborador que apresentou um atestado um dia, aliás, no dia que ele apresentou ele, nós fomos consultar o atestado dele, ele esteve no médico três dias depois. Ele foi fazer a consulta no dia 3, só que o atestado era no dia 1, em meses diferentes, com pessoas diferentes na nossa empresa, atestados por motivo de diarreia. Em um único mês, eu dei com a mesma pessoa três atestados por diarreia. A pessoa ficou o mês inteiro com diarreia. Esses casos nós estamos levando ao CRM para que o mesmo possa apurar a velocidade desses atestados. Não estamos falando que aqui são os médicos, nós estamos falando que existem atestados aqui indícios de fraudes. Então nós estamos levando ao CERN para que o mesmo apure essa situação. Nós temos outros casos que veio, que a gente consultou o médico, o médico falou que não deu, registrou o BO, a nossa registrou o BO também e isso é demitido por justa causa. Isso é crime e pode dar reclusão de até um ano de prisão para a pessoa que faz isso”, explica.

O vice-presidente para assuntos da Indústria na Acim, Carlos Ferraz, diz que o assunto tem sido debatido com frequência. O próprio empresário tem casos de funcionários que apresentam atestados suspeitos.

“O próprio empresário tem casos de funcionários que apresentam atestados suspeitos. Na nossa empresa mesmo, no mês passado, no mês de junho, nós tivemos 2.354 horas de atestado. Então, isso são pessoas que estão no nosso quadro produtivo e que não estavam ali produzindo. Além de não estar oferecendo as horas de trabalho dele, também estão atrapalhando o conjunto dos companheiros que trabalham no mesmo setor. Porque se a gente entende que tem um setor ali com quatro ou cinco pessoas. Uma pessoa que faz a falta naquele dia é uma força de trabalho bem grande em relação ao conteúdo do trabalho do setor. Então é muito representativo. Essa falta também constrói ali o momento de trabalho dos outros funcionários que estão no mesmo grupo”, comenta”, explica.

A CBN entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina. O CRM informou que todas as queixas protocoladas passam por rigoroso processo de apuração. 

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.