Começa nesta segunda-feira (8), às 9h30, no Tribunal do Júri de Curitiba, o julgamento do delegado Erik Busetti, de 49 anos. Ele é acusado por duplo feminicídio, além de qualificadoras como motivo torpe e dificultar a defesa da vítima. O policial civil é acusado de matar em 2020 a esposa Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, que também atuava na Polícia Civil, e a filha dela, de 16 anos, dentro de casa no bairro Atuba. A ação foi gravada por câmeras de segurança internas da residência, instaladas pelos próprios moradores.
As investigações apontaram que Erick disparou sete vezes contra a esposa e seis contra a enteada, além de ter agredido a jovem. O motivo estaria relacionado com um possível término do relacionamento de mais de dez anos. Uma filha do casal, que na época tinha 9 anos, estava dormindo no quarto ao lado e ouviu os disparos. Ela foi levada para a casa de vizinhos pelo delegado, antes que ele se entregasse à polícia.
Erick Busetti está preso desde que foi detido em flagrante no dia do crime. Ele chegou a confessar que cometeu os assassinatos para dois policiais militares que atenderam a ocorrência, conforme a acusação do Ministério Público do Paraná (MPPR), mas permaneceu em silêncio durante o interrogatório na delegacia.
A advogada Louise Mattar Assad, assistente de acusação, que representa a família de Maritza, o júri deve condenar o acusado pelos homicídios. Já a defesa de Erick Busetti, afirma que vai esclarecer as circunstâncias que levaram a situação e como era a convivência do casal.
O julgamento será realizado com a presença de sete jurados que vão avaliar a inocência ou culpa do delegado. Em seguida, o juiz responsável pelo caso é quem vai determinar a pena do acusado, caso condenado.
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