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Casos de síndrome respiratória crescem 26% na rede municipal de saúde em Maringá

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Foto: Freepik

Segundo a Secretaria de Saúde de Maringá, de julho a agosto houve um aumento no atendimento a pacientes com sintomas respiratórios. A maioria dos casos é de Covid-19 e Gripe B. E a razão do aumento está relacionada ao tempo seco.

O tempo seco enfraquece as defesas do organismo contra vírus e bactérias. Por isso, as unidades de saúde estão atendendo mais pacientes com doenças respiratórias.

Segundo a Secretaria de Saúde de Maringá, em julho foram 3.371 atendimentos nas UPAs Zona Norte e Zona Sul e no Pronto Atendimento à Criança. Em agosto foram 4.278; 907 a mais. Um aumento de 26%. A infectologista Ana Gurgel, que atua na rede municipal de saúde, explica o efeito da baixa umidade do ar no nosso organismo.

“O tempo seco acaba atrapalhando porque a gente tem um mecanismo de defesa que é ciliar, nariz, pulmão, e isso faz uma barreira de cuidado contra vírus, bactérias, esse tempo resseca e esse mecanismo de defesa fica comprometido. Então, a gente pode sim desenvolver quadros infecciosos tanto por vírus, tanto por bactéria”, explica.

Os principais casos atendidos na rede municipal de saúde são de Covid-19 e Gripe B. “A gente sabe que é sazonal o covid, a gripe A, a gripe B, vai acontecer mesmo. E a gente notou nessas últimas semanas um aumento principalmente para a positividade do Covid e da influenza B”, ressalta Ana Gurgel.

A recomendação é muita hidratação e nos casos de sintomas como tosse, buscar o diagnóstico. “Muita hidratação, é tomar muita água, é usar bastante soro fisiológico nas narinas, evitar fazer exercício físico nesse calor, nesse sol porque acaba desidratando, roupas mais leves de algodão, roupas mais claras. Então, esses são pequenos detalhes que nos ajudam nessa baixa umidade no ar. A importância é de ficar atento a essas tosses e fazer diagnóstico, porque uma vez feito o diagnóstico, a gente sabe que é necessário o isolamento, tanto do Covid, nada mudou. São sete dias, como da gripe A, principalmente durante o uso da medicação, que é o Tamiflu, que tem um tempo de cinco dias. Pensar que tem a coqueluche, a gente está tendo casos no Brasil como um todo, então tem que pensar nesse diagnóstico. E eu sempre lembro, tosse mais de três semanas, tem que descartar também a tuberculose. E junto disso, a gente tem os quadros alérgicos, que acabam descompensando nessa época do ano também. Então tem que ficar atento a esses sinais e sintomas para a gente não evoluir com a transmissão dessas principais vírus e bactérias”, afirma a infectologista Ana Gurgel.

A boa notícia é que tem previsão de chuva no fim de semana.