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Caminhada marca luta pelo Feminicídio Zero em Maringá

Caminhada marca luta pelo Feminicídio Zero em Maringá

Foi realizada na manhã deste sábado, 30, uma caminhada pelo fim da violência contra a mulher em Maringá. A caminhada saiu da Praça da Catedral em direção ao Teatro Reviver Magó.

Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

A bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, foi vítima de feminicídio em janeiro de 2020. Ela é um dos símbolos, em Maringá, da campanha ‘Feminicídio Zero’, do Governo Federal e promovida na cidade pela Secretaria Municipal da Mulher (Semulher).

A mãe de Magó, Daísa Poltronieri, é ativista da luta pelo feminicídio zero. “Atingir o feminicídio zero, tudo por amor, eu acho que é uma conscientização para que a classe política, formadores de leis, possam se conscientizar e fazer alguma coisa, está na hora. Eu acho que é uma sociedade quase que 90% dirigida por homens, comandada por homens, com leis absurdas, que não olham para a gente. Eu tive minha filha vítima de feminicídio, com 25 anos de idade, brutalmente assassinada, e isso não para, mas tem que parar, já chega, é um basta”.

“Estamos aqui nessa caminhada para isso, para que a população entenda que é preciso unir forças, todos, toda a sociedade, homens, mulheres, que hajam novas regras na área da educação, para que as escolas tenham um ensino que fale sobre isso. Para que desde pequena uma criança seja ensinada a tratar uma mulher igualmente como homem, seja em tudo, nos salários, na igualdade social. E eu estou falando o seguinte, a minha filha era branca, de classe média, e as mulheres, as mulheres periféricas, as mulheres negras, as indígenas, as mulheres que estão no campo, quem fala por elas, quem escuta e ouve elas? Então a minha luta é por todas, pela minha filha Magó, por todas que se foram, e para que a gente possa defender as mulheres diariamente dessa sociedade misógina, machista e dessa cultura do estupro que existe na nossa sociedade”, continuou Daísa.

Durante a caminhada, motoristas passaram buzinando e pedestres aplaudindo. “A causa é de todos. A causa é nobre, a causa é nossa, principalmente, porque somos mulheres, mas a causa é de todas as mães que têm filhos e que precisa colocar isso na cabeça de cada menino, cada homem, para que nós possamos viver em paz”, finalizou a mãe de Magó.